
Muitas das 1,3 milhões de pessoas que vivem com HIV em Uganda estão respondendo bem à terapia antirretroviral (ART). No entanto, para ter acesso à medicação, os pacientes em TARV precisam visitar um centro de saúde a cada três meses, o que pode ser oneroso tanto para os receptores de cuidados quanto para as unidades que os atendem. Para ajudar as pessoas que vivem com HIV a acessar facilmente seus medicamentos crônicos, aumentar as taxas de adesão à TARV e descongestionar as unidades de saúde, o Programa de Controle da Aids (ACP) do Ministério da Saúde (MS) vem trabalhando com seus parceiros para implementar modelos alternativos de distribuição de medicamentos.
PAPEL DO ARCO
O ACP contactou o Africa Resource Centre (ARC) para explorar possíveis modelos alternativos de distribuição de medicamentos adequados ao contexto do Uganda. Na primeira fase do processo, a ARC fez uma extensa avaliação da distribuição geográfica de pessoas vivendo com HIV e unidades de saúde públicas e privadas em Uganda. Em seguida, desenvolveu e propôs dois modelos diferenciados de distribuição de canais – um para beneficiários de cuidados rurais e outro para beneficiários de cuidados urbanos. A primeira fase do projeto também incluiu iniciativas de advocacia para incentivar a adesão de beneficiários de cuidados, profissionais de saúde, farmácias e partes interessadas do Ministério da Saúde. Em seguida, foram implementados pilotos do modelo de distribuição de medicamentos em farmácias de varejo da comunidade urbana (CRPDDP) e do ponto de distribuição de medicamentos liderado pela comunidade rural (CLDDP). A próxima fase do projeto de implantação e ampliação dos modelos já está em andamento, e a ARC está aplicando os aprendizados e feedback da fase piloto para refinar e ampliar o alcance das duas abordagens. Dashboards online foram criados para acompanhar o progresso dos pilotos. Esta informação foi vital na preparação para a expansão do CRPDDP.
RESULTADOS E IMPACTO
O apoio da ARC aos ministérios da saúde concentra-se no fortalecimento de seis elementos da cadeia de abastecimento. A fase de implantação do trabalho sobre ADDPs em Uganda fortalecerá quatro dessas seis áreas: estratégia, roteiro de melhoria, governança e políticas e pesquisa.
ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÕES DE GRANDE ESCALA
Elemento chave: estratégia
As comunidades estão adotando os serviços descentralizados para melhorar suas vidas e adesão à medicação. Será lançada uma campanha na TV e nas redes sociais sobre os modelos alternativos de distribuição de medicamentos para incentivar uma maior aceitação entre as pessoas que vivem com o HIV.
IMPACTO
Dos dados do Ashboard mostraram que a aceitação durante os pilotos foi maior entre as mulheres que receberam os cuidados. Esses insights informarão as abordagens de advocacia e comunicação na ampliação dos modelos.
ENGAJAMENTO RESPONSIVO COM OS TRABALHADORES DE SAÚDE
Elemento chave: roteiro de melhoria
A ARC e seus parceiros se envolveram com profissionais de saúde, partes interessadas em farmácias e funcionários do Ministério da Saúde para equipá-los para implementar os modelos piloto de forma eficaz. Eles também organizaram sessões de informação para obter feedback para a ampliação das abordagens alternativas de distribuição.
IMPACTO
Há uma demanda consistente nas comunidades por serviços de saúde e acesso a medicamentos, que serão cada vez mais atendidos por meio de modelos centrados no paciente, como CRPDDP e CLDDP.
ACEITAÇÃO POSITIVA DURANTE A FASE PILOTO
Elementos-chave: governança e políticas e pesquisa
As comunidades estão adotando os serviços descentralizados para melhorar suas vidas e adesão à medicação.
IMPACTO
Durante a fase piloto, 85,6% do número alvo de farmácias concluíram o processo para se tornar parte do modelo CRPDDP.